Nambuangongo, A Grande Arrancada

 

   
Título Original: Nambuangongo, A Grande Arrancada
Realização: Serras Fernandes / Neves da Costa
Produção: RTP
Ano: 1964
Género: Documentário / Reportagem
Duração: ±45 minutos
Origem: TV-DVDrip
   
Sinopse:

Em 1961 uma equipa da RTP acompanhou uma das primeiras operações militares das tropas portuguesas em Angola. O objetivo era Nambuangongo, no norte do país, local considerado a capital dos independentistas.

Nambuangongo/Angola.
Em Março de 1961, a UPA desencadeou uma série de ataques contra fazendas e povoações do Norte de Angola matando civis, destruindo casas e instalações, cortando estradas e provocando o abandono de parte do território. A resposta inicial foi dada pelos próprios civis e pelas poucas e dispersas unidades policiais e das Forças Armadas que, na medida das suas possibilidades, acorreram pontualmente às situações mais dramáticas. Só após a chegada das primeiras unidades de reforço vindas de Portugal, foi possível, de uma forma mais organizada, iniciar a progressiva reabertura dos itinerários e a reocupação do território. Nesta fase, e também mercê da ação dos órgãos de comunicação social, Nambuangongo tinha-se transformado, na opinião generalizada, no principal objetivo a alcançar, como se a sua conquista significasse o lavar da "honra" perdida e o passo fundamental para a conquista da Paz.
Decidida a sua ocupação, em Julho de 1961, foi essa missão atribuída a três unidades distintas que progrediram por três itinerários diferentes e convergentes.
Até 1961, a instrução, o armamento, o equipamento e o fardamento do Exército eram orientados para a guerra convencional. Assim, as primeiras unidades a embarcar para Angola, salvo a exceção de poucas companhias de caçadores especiais, foram desadequadamente armadas com espingardas de repetição, equipadas e fardadas de caqui e sem qualquer instrução específica para uma guerra de contraguerrilha. Só ao longo dos anos e com a experiência adquirida todos estes aspetos foram sendo progressivamente corrigidos. Também a logística enfrentou, de início, imensas dificuldades. Até que os Serviços estivessem em condições de garantir as funções de reabastecimento, manutenção, evacuação, etc. com um mínimo de eficiência e eficácia passou bastante tempo. Desta situação foram vítimas os militares que compunham as primeiras unidades: apesar de mal equipados, mal armados, mal instruídos, mal alimentados e sem qualquer espécie de comodidades, foi-lhes solicitado um imenso esforço físico, moral e psicológico. Se as missões foram cumpridas, tal se deve à sua rusticidade, coragem, abnegação e espírito de sacrifício.

Em 1961 uma equipa de reportagem da RTP acompanhou uma das primeiras operações militares das tropas portuguesas em Angola. O objetivo era Nambuangongo, no norte do país, local considerado a capital dos independentistas.
A equipa de reportagem era constituída pelos jornalistas Serras Fernandes e Neves da Costa que enviavam os despachos e as imagens por avião. Primeiro em pequenos aparelhos militares que aterravam no mato e levavam o material até Luanda, cidade a partir da qual a TAP transportava o material até Lisboa.
Na capital portuguesa os rolos de filme eram revelados, editados e transformados em pequenas notícias que passavam no telejornal. A operação decorreu ao longo de 16 dias, período durante o qual aconteceram diversos combates de que resultaram diversas baixas.

Em 1964 os jornalistas foram desafiados a reunir o material numa grande reportagem documental. “Nambuangongo, A Grande Arrancada” seria exibida apenas uma vez, num espaço privado, para uma audiência selecionada e depois foi arquivada.

Na televisão este trabalho só foi transmitido em 2009.

 

 

 

 

 

 

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