Sinopse:
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Em Maio de 1968 uma revolta de estudantes universitários, em França,
espantou o mundo e tornou-se um dos acontecimentos emblemáticos do
século XX. À greve académica dos estudantes juntaram-se os trabalhadores
que paralisaram a França numa greve geral que pôs o regime democrático
francês à beira do colapso. Mas seis anos antes, em 1962 deu-se em
Portugal um acontecimento semelhante. Greve de estudantes, intervenções
violentas da polícia de choque, seguidas de manifestações intensas de
trabalhadores, em Lisboa e no Porto, e da luta pelas 8 horas dos
trabalhadores agrícolas. O regime de Salazar sofre um profundo
abalo, mas quase ninguém soube, nem no país nem no mundo porque
praticamente não houve imagens nem notícias na comunicação social. Quem
liderou a contestação foi um jovem estudante de direito chamado Jorge
Sampaio. Sampaio era o presidente da RIA (Reunião Interassociações), um
organismo semiclandestino que federava todas as associações de
estudantes de Lisboa. Sampaio vencera, em 1960, as eleições para a
Associação de estudantes de Direito com uma coligação de apoios que iam
desde os comunistas às juventudes católicas. A primeira vez que Jorge
Sampaio foi presidente de alguma coisa foi com uma coligação que unia
toda a esquerda. Repetiu o feito em 1989 quando se candidatou à Câmara de
Lisboa e em 1996 quando foi eleito pela primeira vez presidente da
República. |
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