Os Presidentes

 


Título Original: Os Presidentes
Realização: Rui Pinto de Almeida / Mário Rui Cardoso
Produção: BraveAnt / RTP
Ano: 2010
Género: Documentário
Duração: 5x ±60 minutos
Origem: TV-DVDrip
   
Sinopse:

Série documental de 5 episódios sobre todos os Presidentes da República até 2010.

Em 2010, fez 100 anos que Portugal deixou de ser uma Monarquia e passou a ser uma República. Desde então, o mais alto cargo da Nação Portuguesa passou a ter como representante, não o herdeiro, mas o eleito do povo.
São esses 18 eleitos que vamos conhecer ao longo desta série organizada em cinco episódios. Das suas vidas políticas muito se sabe, mas na verdade quem foram estes homens que ao longo dos tempos personificaram os valores da República?
Explorar o seu lado mais humano, porque ele não deve ser dissociável do modo como desempenharam o cargo e das decisões que tomaram, é o que retrata esta série documental.

 

Ep01 - Manuel de Arriaga; Teófilo Braga; Bernardino Machado

A 5 de outubro de 1910, a Revolução está na rua. Uma nova Constituição é redigida e um ano depois toma posse Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente da República.

Oriundo de boas famílias açorianas, este advogado de Coimbra e deputado republicano procura com a sua magistratura alcançar, num período difícil, a harmonia e a paz social. Traído por Pimenta de Castro resigna ao cargo e remete-se à vida civil sem intervenção política.

Sucede-lhe Teófilo Braga, outro açoriano, homem de profundo valor intelectual, reconhecido internacionalmente. Contudo, a dificuldade em impor os seus ideais positivistas aos seus companheiros republicanos levam-no a cumprir expressamente o que a Constituição determinava: promulgar decretos. O seu sucessor é Bernardino Machado, um professor de Antropologia na Universidade de Coimbra. O seu mandato ficará para sempre marcado pela importância que dá à educação. Promove o ensino feminino e acredita que o projeto republicano só triunfará com o ensino e a educação cívica dos cidadãos. Nunca abandona os seus ideais políticos e por isso é exilado várias vezes ao longo da sua vida, acabando por fixar residência no Minho e vê-se impedido por Salazar de se deslocar a Sul do rio Douro.


Ep02 - Sidónio Pais; João Canto e Castro; António José de Almeida; Manuel Teixeira Gomes

Passaram apenas sete anos desde o dia em que a bandeira verde-rubra tinha sido hasteada no Palácio das Necessidades em substituição do estandarte real. Contudo, Portugal era já um pouco diferente com a República: a relação do Estado com o cidadão alterou-se, o ensino era obrigatório, as meninas começavam a poder estudar, as mulheres organizavam-se em associações cívicas, reforçou-se a separação do Estado da Igreja, e aprovaram-se as leis do divórcio e do direito à greve, enquanto Carolina Beatriz Ângelo se tornava, de modo totalmente fortuito e único, na primeira mulher a votar em Portugal.

Na Lisboa de 1917 assistia-se de novo à revolta e davam-se passos largos para outra forma de governar. A revolução de 5 de dezembro desse ano depôs o Presidente Bernardino Machado, deu um rude golpe nas políticas do influente ministro Afonso Costa e saldou-se em 109 mortos e mais de 500 feridos.

Os anos de 1917 a 1925 são anos de grande agitação política, de dificuldades económicas e de percalços financeiros. É o tempo da Guerra, das alterações de regime, do protagonismo dos grupos de agitação da rua.

Os presidentes deste período exerceram a sua magistratura conforme a sentiram: personalizada com Sidónio Pais, cumpridora com Canto e Castro, moderada com António José de Almeida e distante com Manuel Teixeira Gomes.


Ep03 - Mendes Cabeçadas; Gomes da Costa; Óscar Carmona; Craveiro Lopes; Américo Tomaz

Dos diversos autoritarismos que perpassaram pela Europa nos anos vinte e trinta do século passado, houve um que se manteve durante 48 anos, sobrevivendo aos ventos de mudança que varreram o Velho Continente no rescaldo da 2ª Guerra Mundial. O Estado Novo, uma nova forma de autoritarismo pensada e posta em prática por António de Oliveira Salazar, suprimiu o liberalismo da I República, perseguiu ferozmente os comunistas, censurou a livre criação, orientou a formação das camadas mais jovens, e limitou fortemente a livre associação de pessoas.

Os Presidentes da República deste tempo, Mendes Cabeçadas, Gomes da Costa, Óscar Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás, são militares de carreira e alguns deles mantiveram-se afastados dos valores democráticos instituídos na I República, legitimando uma das mais longas ditaduras europeias.


Ep04 - António de Spínola; Costa Gomes

A revolução de abril de 74 pretendeu transformar o país a nível político, económico e social. Os três "dês" de abril - Descolonizar, Democratizar e Desenvolver - foram a pedra de toque daquela revolução.

Os presidentes deste período, os generais António de Spínola e Francisco da Costa Gomes, ainda que provenientes da mesma elite militar do Estado Novo, desempenharam a magistratura de forma oposta. O primeiro tinha uma perspetiva reformista e encarou com desconfiança a descolonização e algumas dimensões da democratização, e o segundo tentou conciliar o dificilmente conciliável, abrindo definitivamente caminho à consolidação da democracia e a um novo período constitucional.


Ep05 - António Ramalho Eanes; Mário Soares; Jorge Sampaio; Aníbal Cavaco Silva

No 5º episódio da série "Os Presidentes", recordamos os mandatos dos 4 chefes do Estado eleitos na vigência da atual Constituição. Ramalho Eanes e a normalização democrática, alcançada após anos sucessivos de tensão entre militares e partidos. A década de Mário Soares em Belém. Da agressão na Marinha Grande até à condição próxima de "Presidente monarca". A tranquilidade dos mandatos de Jorge Sampaio, apenas abalada pela "bomba atómica" lançada contra o Governo de Pedro Santana Lopes. E a primeira Presidência Cavaco Silva, fortemente marcada pela crise que se abateu sobre Portugal, mergulhando o país num dos momentos mais críticos da sua História recente.

 

 

 

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